O Grêmio sempre teve a sua trajetória marcada pela passagem de muitos jogadores e treinadores emblemáticos. Há quem tenha seguido as duas carreiras dentro do Imortal, como os míticos Valdir Espinosa, Luiz, Carvalho e Renato Portaluppi, que conquistaram muitos títulos e a idolatria da torcida gremista.
Além deles, outra figura destacada atingiu o sucesso como atleta e técnico do Tricolor ao longo da história: foi Oswaldo Azzarini Rolla, o Foguinho, que nascia há exatos 113 anos, no dia 13 de setembro de 1909, dois dias antes do aniversário do Grêmio. Natural de Porto Alegre, o ex-meia foi revelado pelo São José em 1928, transferindo-se para o Imortal em 1929.
No Tricolor, o ex-jogador participou de um esquadrão que dominou o futebol do Rio Grande do Sul. Ao lado de lendários nomes como Eurico Lara, Luiz Carvalho e Telêmaco, Oswaldo Rolla conquistou o Campeonato Gaúcho em 1931 e 1932 e o Torneio Farroupilha em 1935.
Além disso, o ex-atleta ainda foi técnico do clube gaúcho, logo após aposentar-se em 1943. No entanto, a sua carreira como comandante só foi despontar na década de 1950, quando dirigiu o Cruzeiro de Porto Alegre, inclusive em excursões pela Europa. Em 1955, depois de uma pequena passagem como árbitro de futebol, o ídolo foi convidado pelo então presidente Luiz Carvalho para assumir o posto de treinador do clube.
Oswaldo Rolla foi um dos maiores técnicos da história do Grêmio
Respaldado pelo mandatário, Foguinho chegou ao Imortal disposto a implementar uma tendência que revolucionaria para sempre o Rio Grande do Sul. Adaptando o que de melhor viu no Velho Continente, Rolla foi um dos maiores instrutores do futebol-força, estilo que ficou enraizado na cultura gaúcha e acabou influenciando diversos treinadores ao longo dos anos.
Comandante da casamata gremista até 1961, Foguinho iniciou a histórica era dos “12 em 13′, referente à conquista de 12 títulos estaduais em 13 campeonatos disputados, treinando estrelas como Airton Pavilhão, Ênio Rodrigues, Ortunho, Gessy, Marino, Milton Kuelle, Juarez e Vieira. Dirigindo o Tricolor, disputou 383 jogos, ficando atrás somente de Felipão e Renato Portaluppi.
Após a sua aposentadoria como técnico, Oswaldo Rolla ainda foi condecorado como atleta laureado do Grêmio, possuindo os seus pés na Calçada da Fama da instituição desde 1996. Além de jogador, treinador e árbitro de futebol, o ícone gremista também aventurou-se como cronista esportivo no final da sua vida.
