O ano é 2003, 18 anos já se passaram desde o centenário do Clube. Naquele ano, o Grêmio fez uma campanha muito abaixo das expectativas. Amargou e esteve na lanterna da Série A por 19 rodadas e ficou 22 delas no Z-4.
O Brasileirão em 2003 tinha um formato um pouco diferente do atual. Eram 24 clubes, com apenas dois times rebaixados, e o tricolor terminou naquele ano em 20° lugar. Ou seja, mesmo que caíssem quatro times, como é o atual campeonato, o Grêmio teria se livrado da queda. Já neste ano, o Grêmio ultrapassou uma marca negativa, comparado aos anos de 1991 e 2004 (anos em que o time foi rebaixado). O Grêmio está há 24 rodadas nesta situação incômoda do Z-4, desde o dia 06 de junho.
As semelhanças do Grêmio de 2003 para o Grêmio de 2021
Semelhanças que causam medo, preocupação, e claro, o sinal de alerta precisa estar ligado. Uma das primeiras, entre tantas coincidências daquele time de 2003 para o atual, foi o fim de um ciclo vitorioso, pois o técnico Tite que foi campeão pela Copa Do Brasil com o Grêmio em 2001, acabou saindo logo em seguida, após o time ser eliminado da Libertadores de 2003.
Neste ano, Renato não suportou a pressão pelos maus resultados e a eliminação precoce na fase preliminar da Libertadores tornou-se o estopim para a sua demissão. Ali marcou o fim de uma era vitoriosa, afinal, Renato além de ser um dos maiores ídolos da história do grêmio, é também um dos técnicos mais vitoriosos do clube. Campeão da Copa do Brasil de 2016, Libertadores 2017, Recopa Sul-Americana 2018, além dos quatro estaduais em 18,19,20 e o último Gauchão!
Outra semelhança que vale destacar é que naquele ano o time do grêmio além de Tite, teve mais três técnicos durante a temporada, o mesmo se repete em 2021. Em 2003, o Grêmio teve Tite, depois Darío Pereira por oito jogos, em seguida Nestor Simionatto, também por oito jogos e por fim, o técnico que teve a missão de livrar o clube do rebaixamento, Adilson Batista, que ficou 19 jogos no comando do grêmio.
Neste ano, o Grêmio começou com Renato Gaúcho, depois Tiago Nunes por sete jogos, depois Felipão e por fim Vagner Mancini. Será que Vagner Mancini vai conseguir a mesma façanha de Adilson Batista como foi em 2003? Vamos aguardar.
Um dos jogos que marcou a recuperação do grêmio sob o comando de Adilson, foi o GreNal no Beira-Rio, do returno. O Grêmio era o lanterna e o rival era favorito por estar brigando por uma vaga na Libertadores. O tricolor venceu o clássico com o gol de Jesus Christian por 1×0 e ali marcou o inicio da recuperação e da mobilização. Cabe salientar, que teremos um clássico GreNal pelo returno, no dia 6 de novembro, no estádio Beira-Rio. Portanto, mais uma coincidência que temos, pois o Inter neste ano briga por vaga na Libertadores e o campeonato do Grêmio é justamente fugir da degola.
Existe uma boa diferença para aquele time do grêmio de 2003 pro atual, quando se fala em “aspecto financeiro”. O Grêmio naquela gestão não tinha tantos recursos como tem na gestão de Romildo Bolzan. A Folha salarial neste ano chega em torno de 14 milhões de reais, enquanto naquela época os valores eram muito inferiores.
Portanto, se cobra mais ainda um desempenho positivo do time. A esperança pro torcedor entre tantas semelhanças é que o Grêmio escapou do rebaixamento na última rodada, onde venceu o Corinthians em casa por 3×0. Neste ano, o Grêmio encerra o Brasileirão em casa, contra o Atlético-MG, no dia 5 de dezembro.
Até lá, o torcedor espera que o Grêmio já possa estar numa situação bem mais leve e tranquila, pois faltam 6 vitórias em 13 jogos.
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Imagem: Lucas Uebel / Grêmio FBPA
