Com a saída de Douglas Costa, a camisa 10 do Grêmio passou a ser de Ferreira, mas isso pode não ter sido uma boa ideia. Desde o inicio da temporada, o jogador, considerado uma das principais peças do elenco, vive uma crise técnica gigantesca.
Em 2022, com o enigmático número nas costas, o atleta não conseguiu fazer gols ou dar assistências. Contudo, isso chama ainda mais a atenção devido ao bom desempenho de Ferreira em 2021. Dessa forma, sua queda de rendimento parece algo realmente inexplicável.
Após o jogo contra a Chapecoense, pela Série B, o jogador chegou a quase 1000 minutos sem conseguir ser decisivo (marcar gols ou conceder assistências). A minutagem citada foi realizada ao longo de 12 partidas, sendo boa parte delas em jogos do Gauchão.
Seca de Ferreira pelo Grêmio:
- 0x1 Chapecoense (90 minutos jogados)
- 0x0 Ponte Preta (79 minutos jogados)
- 2×1 Ypiranga (86 minutos jogados)
- 0x1 Inter (32 minutos jogados)
- 1×1 Juventude (53 minutos jogados)
- 2×1 Aimoré (45 minutos jogados)
- 2×0 Guarany (90 minutos jogados)
- 2×1 São José (90 minutos jogados)
- 4×3 Atlético-MG (90 minutos jogados)
- 1×1 Corinthians (90 minutos jogados)
- 3×0 São Paulo (79 minutos jogados)
- 1×3 Bahia (90 minutos jogados)
- 2×2 Flamengo (8 minutos jogados)
Total: 12 jogos (922 minutos jogados)
Camisa 10 do Grêmio continua amaldiçoada?
No entanto, para quem não quer culpar uma maldição pela má fase do camisa 10 do Grêmio, existem outras alternativas.
Um dos motivos pode estar na concentração do jogo estar todo voltado a ele. Sendo assim, o sistema defensivo tem mais facilidade para realizar as dobras de marcação e coibir as investidas do camisa 10.
Além disso, Ferreira não tem tido uma grande parceria pela esquerda. Com Nicolas lesionado, quem tem jogado é Diogo Barbosa, que não contribuído com eficácia no setor ofensivo.
Todavia, chama atenção como nenhum camisa 10 do Imortal corresponde às expectativas. De fato, é uma questão ampla e cabe uma maior reflexão.
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Imagem: Lucas Uebel/ Grêmio
