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Com campanha irregular e Roger pressionado, Grêmio vê chances de título na Série B diminuírem

Vindo de uma temporada decepcionante em 2021 que culminou com o rebaixamento da equipe para a Série B do Campeonato Brasileiro, o Grêmio segue na sua jornada pelo retorno à elite do futebol nacional. No entanto, com uma campanha irregular até o momento, o time comandado por Roger Machado já se distanciou da disputa pelo título da Série B e foca agora em garantir o acesso.

Com um aproveitamento de pouco mais de 50% dos pontos disputados até aqui, matemáticos e estatísticos projetam que o Grêmio termine a competição entre 45 e 71 pontos, na quarta colocação, atrás de Bahia, Vasco da Gama e Cruzeiro. Segundo estas projeções, as chances de título diminuíram muito, e agora são de apenas 1,92%. Porém, as chances de acesso são mais promissoras, e apesar dos percalços na campanha, o Grêmio tem 49,73% de chances de conquistar uma vaga na Série A de 2023.

O planejamento traçado pela direção no começo do ano, num cenário ideal, era de estar desde o início do torneio dentro do G-4, ou ter, no mínimo, uma pontuação compatível com tal. Mesmo conseguindo se manter nesta situação, um sinal de alerta foi ligado por conta de alguns tropeços, e já há fortes cobranças internas sobre Roger Machado e o elenco. Ainda assim, há um entendimento de que o time é suficientemente capaz de disputar com tranquilidade a competição.

Antes do início da disputa do Campeonato Brasileiro da Série B, muitas casas analisadas pela plataforma Sites de Apostas davam o Tricolor Gaúcho como o segundo favorito ao título do torneio, atrás apenas do Cruzeiro. Porém, com a campanha irregular que vem fazendo no primeiro turno da competição, o Grêmio vê a vantagem do Cruzeiro se abrir cada vez mais – já são 11 pontos de diferença entre os times – e as chances de título diminuírem; atualmente, o Tricolor tem odds de 7.50 para a conquista da Série B, contra 1.36 do Cruzeiro.

Início de ano promissor

Gremio titulo
Foto: Pedro H. Tesch/AGIF

O bom início de ano deu esperanças ao torcedor gremista. Com boas atuações no Gauchão em uma campanha que culminou no título estadual, o Grêmio iniciou a disputa da Série B com um dos melhores elencos da competição e como um dos favoritos ao título.

“Temos um elenco muito qualificado, estamos em um grande clube, temos, sim, responsabilidade. Se cria também expectativa sobre o Grêmio nesta Série B. Nosso início de ano já foi muito bom. Pelo trabalho feito, pelo grupo, alguns reforços e a conquista do Gaúcho. Tudo conta. A gente chega bastante otimista, motivado e confiante também”, apontou o volante Lucas Silva à época do início do torneio.

Entretanto, nas primeiras rodadas do campeonato, empates desanimadores contra Ponte Preta, Ituano e Criciúma aliados às derrotas ante Chapecoense e Cruzeiro fizeram com que se acendesse um sinal de alerta no CT Luiz Carvalho. A pressão interna, que já era enorme visto que a frustração pelo rebaixamento ainda tem repercussão enorme nas alamedas do clube, só aumentou e as cobranças a Roger por melhores resultados se intensificaram.

Produção ofensiva preocupa

Roger Machado
Foto: Lucas Uebel/Grêmio

A principal questão do Grêmio nesta competição é a produção ofensiva. O investimento, que é significativamente maior que o dos concorrentes, ainda não foi mostrado em campo, pelo menos no ataque. 

O time tem atualmente o 13º melhor ataque da liga com menos de 20 gols marcados. Em busca de respostas, Roger Machado vem buscando soluções com substituições de jogadores, diferentes abordagens estratégicas e esquemas táticos e uma ênfase renovada nos treinamentos para ajustar a equipe. Porém, prevê-se que as adições de Ferreira e Guilherme possam contribuir para a resolução de alguns dos problemas do ataque tricolor.

A tática usada nas fases finais do Gaúcho, quando a ideia era buscar o contra-ataque contra o Inter nas semifinais, assim como na final contra o Ypiranga, não teve o mesmo sucesso no início da Série B. Na maior competição do ano, o Grêmio viu uma realidade radicalmente diferente. Agora, em vez de jogar contra adversários que tentam propor jogo, o time deve enfrentar retrancas e ferrolhos bem organizados, que oferecem pouco espaço para contra-atacar.

A comissão técnica continua à procura de explicações sobre a baixa produção ofensiva da equipe. Três causas foram mencionadas até agora: vários jogadores afastados e lesionados, um ambiente de alta pressão e a inexperiência da maioria dos jogadores de frente. Além disso, o Grêmio ainda não teve sequer um minuto em campo com todos os jogadores considerados titulares presentes.

Cássio Coelho

Jornalista, fundador do site Portal do Gremista, apaixonado por futebol e gremista fanático.

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