COLUNA PG l O destino implacável e inevitável de Geromel
O ídolo gremista fará o seu último jogo neste domingo
Geromel: de ídolo improvável ao brilhantismo
O destino é implacável, cheio de coincidências, quase que engraçado… bastante inevitável. Tudo começou quando o pai de Geromel percebeu o dom do filho dentro de campo. Foi ele quem, quase insistindo, decidiu que o filho levava jeito para a coisa e que seria jogador de futebol. Geromel também sabia, com empenho e perseverança ele decidiu traçar o seu caminho.
O seu Valmir não errou em nada. Pedro Tonon Geromel nasceu para ser jogador, mas não qualquer um. Nasceu para ser um jogador brilhante, que não fica em qualquer prateleira, e que no Grêmio atingiu altas colocações no ranking de idolatria. Imortal, tal qual o clube que o vestiu na última década.
Geromel foi verdadeiramente brilhante por onde passou. Teve sucesso em Portugal, foi um grande zagueiro na Alemanha. Chegou em Porto Alegre sob olhares de desconfiança, foi comparado com marca de shampoo, teve uma estreia caótica, levou tempo para conseguir o seu espaço… mas trabalhou e foi brilhante.
Na frente de 43 mil torcedores presentes na Arena e milhões que estarão no sofá de casa ou no bar da esquina, Geromel se despedirá dos gramados e de um jeito, quase que engraçado, mas muito emocionante. Sua despedida será cara a cara com o time do coração de seu pai Valmir, aquele que apostou todas as fichas na carreira do filho. Daquelas legais coincidências da vida, quase que inevitáveis.
Obrigada, Valmir, por ter visto que ele levava jeito para a coisa. Obrigada, Geromel, pelos mais de 10 anos de enormes honras, grandes títulos, estabilidade em momentos conturbados e raça em cada minuto, tal qual um ídolo. Um brilhante ídolo.