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Coluna PG l Alguns jogadores não tem noção do tamanho do Grêmio

Postura apática em jogos decisivos levanta dúvida sobre quem realmente entende o que é vestir essa camisa

Grêmio Copa do Brasil 2016
Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Postura fria demais pra um clube tão quente em história

O Grêmio, que já foi temido em todos os cantos do Brasil pela alma copeira, parece hoje um time que não reconhece a própria grandeza. Em campo, falta entrega, falta sangue nos olhos, falta entender o tamanho do clube que representam.

Na Copa do Brasil, o cenário é embaraçoso (pra não dizer vexatório, na verdade eu usei o dicionário de sinônimos até encontrar nada tão agressivo, confesso). Contra adversários de divisões inferiores, e até sem divisão, como o São Raimundo, o Tricolor tem sobrevivido mais por sorte do que por mérito. Já são três jogos nesse torneio em que a vaga só veio nos pênaltis, dois deles depois de empates que beiraram o vexame (ok, aqui tive que usar vexame).

Na última quarta-feira, veio a cereja amarga desse bolo indigesto: derrota de virada para o CSA, da Série C. Um jogo em que o Grêmio começou vencendo, mas terminou levando três gols, como se o peso da camisa azul, preta e branca não assustasse mais ninguém.

Mano Menezes, recém-chegado, até tentou encontrar um fio de positividade depois do empate contra o Vitória. Falou em confiança, em evolução. Mas confiança, sem imposição, não vence mata-mata.

A apatia dos atletas dentro de campo contrasta com a história gloriosa que o clube construiu nesse mesmo torneio. Não faz tanto tempo que a Arena respirava Copa do Brasil. Hoje, o que se vê é um grupo que parece confortável demais com atuações medíocres. Como se empatar com time de Série B ou levar virada da Série C fosse parte do processo.

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Falta noção e (talvez) identificação

Alguns jogadores parecem não ter noção do que é o Grêmio. Não sabem o que representa essa camisa em um torneio como a Copa do Brasil. E sabe o que é pior? Eles não demonstram sequer vontade de aprender.

Ficou no passado o “Rei de Copas” que transformava mata-mata em território próprio. Em 2018, esse trono passou para o Cruzeiro, justamente com Mano no comando. E, ironicamente, agora ele retorna para tentar resgatar aquilo que já foi nosso por direito e raça.

O segundo jogo contra o CSA está marcado para 20 de maio, na Arena. Até lá, o time precisa mais do que treinar. Precisa acordar. Porque a paciência do torcedor, essa sim, já entendeu faz tempo o tamanho do buraco.

E se tem jogador achando que aqui é só mais um clube, talvez seja hora de alguém lembrar que no Grêmio se joga com alma. Quem não entendeu isso ainda, talvez nem deveria estar aqui.

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