COLUNA PG | Renato Portaluppi quer ficar no Grêmio

Estive presente na coletiva pós-jogo contra o Atlético-GO, e uma frase de Renato Portaluppi ficou ecoando na minha cabeça: “Podem existir muitos torcedores tão gremistas quanto eu, mas mais gremistas, não há.” O tom emotivo e seguro da declaração não só demonstrou o quanto Renato ainda se sente parte do Grêmio, mas também refletiu sua relação com o clube, construída ao longo de décadas, tanto como jogador quanto como treinador.

Durante a coletiva, o técnico gremista falou sobre seu futuro no clube e deixou claro que a decisão não passará apenas pela direção. “Vou sentar com a direção ao final do ano, mas o fator mais importante para minha permanência será saber se a torcida quer que eu fique”, disse. Uma declaração que, apesar de muito honesta, me deixou pensando sobre a fase que Renato viveu no Tricolor nos últimos meses.

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O pior ano de Renato Portaluppi

Este ano foi, sem dúvida, o de seu pior relacionamento com a torcida gremista. Estive em Caxias quando o ônibus da delegação foi apedrejado e, na mesma partida, Renato foi chamado de “burro” por parte da torcida. O clima ficou pesado e ele chegou a pedir para se desligar do clube, mas o presidente Guerra negou o pedido. Não era para menos: os momentos de tensão se multiplicaram, especialmente após o episódio da vitória sobre o Atlético-GO, quando o técnico foi vaiado ao ser anunciado pela equipe de som.

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Entendo a frustração de parte da torcida, mas é inegável o amor e a história que Renato tem com o Grêmio. E ele, com sua experiência, sabe que sem a confiança do torcedor, sua permanência no clube perde o significado. Ele quer ficar, mas apenas se sentir que a torcida está com ele. E, convenhamos, essa conexão verdadeira, essa energia que move qualquer equipe, é o que torna a relação entre Renato e o Grêmio tão única. Se a torcida o quiser em 2025, o amor entre os dois continuará, mas a decisão, como sempre, é dela.