O Grêmio vive um momento positivo dentro das quatro linhas neste início de ano. Invicto na temporada, o Tricolor já faturou o título da Recopa Gaúcha e está classificado para o mata-mata do Campeonato Gaúcho, já de olho na estreia na Copa do Brasil e no primeiro clássico GreNal do ano. No entanto, os bastidores estão agitados por conta de uma polêmica revelada nesta sexta-feira (24).
De acordo com informações da reportagem do site UOL Esporte, uma sindicância interna apura o desvio de até R$ 300 mil. Os valores seriam originados de eventos organizados por consulados do Imortal, que podem ter gerado desvios de dinheiro pagos por torcedores em benefício de diretores.
A documentação indica que a comissão de sindicância dos consulados iniciou a apuração no ano de 2021. Segundo a reportagem, no procedimento, anexado em processos na Justiça do Rio Grande do Sul, constam detalhes sobre “vazamento de informações a terceiros e venda de produtos e camisas oficiais com valores depositados em contas pessoais, o que gerava perda de receitas ao clube“.
Detalhes do esquema investigado pelo Grêmio
Um dos pontos da investigação é a exigência de contribuição de R$ 10 às consulesas, sendo que aqueles que se negassem a pagar eram expostas em grupos de WhatsApp e impedidas de participar de eventos, além de casos de destituição, em caso de contestação.
O Clube também percebeu transações em eventos dos consulados, como a exigência de pagamento em espécie em situações como “deslocamento de ônibus, combustível, taças, fantasias, camisetas oficiais e despesas de convidados ou hospedagens, e até pagamentos a jornalistas“.
No ano de 2019, cerca de 150 eventos geraram um lucro de R$ 150 mil a R$ 300 mil em favor de diretores, sem prestação de contas ou conhecimento do Imortal. Segundo a investigação, um dos dirigentes tinha um “caixa paralelo, uma espécie de caixa dois, sem o conhecimento do clube, onde circulavam valores em benefício próprio e de terceiros desvinculados ao clube“.
Ex-diretor de um dos consulados, Flávio Becco ingressou na Justiça contra o Grêmio no início de 2023, cobrando R$ 1,7 milhão, com a justificativa de “equiparação de salários, danos morais e outras verbas trabalhistas“. Oficialmente, o clube gaúcho ainda não se manifestou sobre o caso.
