O grande desafio que terá o novo presidente do Grêmio
No ano do rebaixamento, o Grêmio atingiu a sua maior folha salarial da história, algo na casa dos R$ 15 milhões mensais. Para a Série B de 2022, o plano da direção gremista era diminuir esse valor pela metade, para que pudesse ter um fluxo de caixa mais responsável. Contudo, mesmo com a saída de alguns atletas no início da temporada, a folha do Tricolor ainda gira em torno de aproximadamente R$10,5 milhões, muito acima para a realidade da Série B.
E esse fato está dificultando a vida financeira do clube. Com um decréscimo de receitas estimadas em R$200 milhões de uma temporada para outra, o clube tem que fazer movimentos para se manter com as finanças em dia. Se no primeiro semestre o clube conseguiu administrar as contas graças aos bons anos anteriores em relação aos números, no segundo semestre a situação será diferente.
O primeiro passo foi a alteração do dia de pagamento do direito de imagem aos jogadores. Os atletas recebiam no dia 20, junto com o pagamento dos salários, porém, a data do pagamento de imagem foi alterado para o dia 30, para conciliar com as receitas. O CEO do Grêmio, Carlos Amodeo, falou a GZH e admitiu que o Tricolor Gaúcho pode ir buscar empréstimos para o segundo semestre, sendo que a estimativa deve iniciar a partir do mês de setembro.
Opinião de Pedro Ernesto Denardin sobre a situação do Grêmio
Para o jornalista Pedro Ernesto Denardin, do Grupo RBS, o superávit que o Tricolor Gaúcho teve no primeiro semestre na casa dos R$3,5 milhões foi surpreendente. O comunicador acredita que o próximo mandatário do Grêmio vai precisar de muita criatividade para montar o elenco.
“Contrato de jogadores obedecem prazos e valores e não há como escapar disto. Jogadores são emprestados mas o clube continua pagando importante parcela. Aparece, então, uma folha paralela. No segundo semestre, sem conseguir redução nestas despesas. o balanço virá muito pior. O próximo presidente terá de montar um time de qualidade sem ter recursos. Pelo contrário, terá dívidas. Nada que não se conheça no futebol, mas é algo que o Grêmio estava desacostumado”, publicou em GZH.