Ainda que esteja buscando alternativas para o ataque, o Grêmio confia em Diego Souza. O centroavante, que não vive o melhor momento nos últimos jogos, conta com a completa confiança da comissão técnica. A ideia de Roger Machado, deixada clara pelo treinador, é buscar uma forma do atleta ser o grande artilheiro do time. E para isso, está disposto a sacrificar algumas peças dentro do campo.
De acordo com as ideias do treinador gremista, Diego Souza sempre terá maior liberdade em relação aos outros. Por conta da idade e da complexão física, o centroavante é o que menos participa do jogo sem a bola. O conceito é baseado no princípio de dar ao camisa 29 fôlego para os 90 minutos. Como resultado, o que se espera dele são gols.
“O homem-gol precisa estar descansado e temos que ter uma estrutura que possa permitir este descanso. Alguém vai se sacrificar para ele. Mas temos conseguido compensar bem. O Diego vai fazer os gols. Na carreira, ele nunca fez menos de 20 gols em um ano, não vai ser agora”, disse Roger.
Estilo do Grêmio não consegue deixar Diego Souza a vontade
Contudo, apesar do discurso de valorização de Diego Souza, a verdade é que o centroavante não vive um bom momento. O estilo de alta intensidade e pressão realizado por Roger tem gerado problemas ao jogador. Contra o Ypiranga, na final do Gauchão, ficou clara a dificuldade. Sem conseguir acompanhar o ritmo gremista, o atacante não levou perigo, pouco contribuiu e foi sacado na etapa complementar. Questionado sobre o assunto, o treinador justificou a participação do titular.
“O Diego vai fazer gols para a gente quando produzirmos para ele. Marcando alto, acho que podemos usar ele mais na retomada, da mesma forma que o Ypiranga usou o Hugo Almeida no pivô, ou o Inter usa o Wesley Moraes. Ele mais na técnica do que na força. São ajustes ainda”, argumentou.
Além disso, o comando técnico acredita que deixar Diego Souza entrosar ainda mais será fundamental. A ideia de Roger é crescer a parceria entre o centroavante e Campaz. O meia colombiano está atuando lateralizado, como extrema. E apesar das boas atuações individuais, a dupla ainda não deslanchou.
“Ainda temos que ajustar o encaixe entre Campaz e Diego. Quando um pede no fundo, o outro dá no pé, quando quer no pé, vai no fundo. Mas tenho certeza que o Diego vai fazer gols”, concluiu.
