Douglas Costa abre o coração e fala sobre a luta contra o racismo
O atacante Douglas Costa foi um dos entrevistados da série Nossa Voz, do Grupo RBS. O camisa 10 possui várias experiências, com passagens por Ucrânia, Itália e Alemanha. Ele tem consciência da importância de combater o racismo e o preconceito.
“O racismo é quando as pessoas acabam discriminando somente pela cor da pele. Tenho visto mudar no decorrer dos anos porque pessoas como eu, como o Taison, como a Daiane dos Santos, atingiram um nível importante no esporte e conseguem ser ídolos de diversas pessoas que não são negras”, disse ele.
Douglas Costa lembra que movimentos acontecem no mundo inteiro e a realidade vem mudando. Contudo, ainda está muito longe da igualdade e do fim do preconceito relacionado a cor da pele e tipo de cabelo.
“Quebramos várias barreiras, e isso ajuda outros jovens negros também a sonharem e saberem que as coisas vêm mudando. Claro que a luta continua. Vimos Barack Obama no poder, o que não acontecia antes. Isso realmente incentiva jovens a lutar pelos seus ideais e saber que não é somente pela cor da pele que se refere uma pessoa”, completou.
Vale lembrar que estamos na semana da Consciência Negra, que é celebrado no dia 20 de novembro.
Douglas Costa nunca sofreu diretamente
Conforme Douglas Costa, o racismo na Europa é mais forte, já que por lá existem menos pessoas negras. Entretanto, para ele é ainda pior quando os brasileiros cometem atos racistas. Ainda assim, o jogador não sofreu com estas ações.
“Não sofri diretamente, mas como negro eu indiretamente sofri, e acredito que é uma merda. As pessoas te julgam pela tua cor, e não pelo teu caráter, pela tua índole, e isso se tu não tiveres, como eu disse, uma boa base familiar e uma cabeça boa… essas coisas mudam teu dia a dia, teu rumo, teu modo de pensar”
Douglas Costa diz que tenta resolver as coisas de uma maneira coletiva e jogando futebol. Entretanto, seus companheiros de time passaram por algo do tipo, como Alex Teixeira e Taison, quando Douglas já não jogava mais na Ucrânia.
“Acredito que temos muita força nas redes sociais. Tento entender a melhor maneira de debater, ajudar, compartilhar. Quanto mais pessoas importantes se indignarem de uma maneira positiva para poder ajudar a consciência de todos, melhor. Entrego minha imagem, minha figura e todo o enredo que tenho para poder ajudar”, comentou.
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Imagem: Lucas Uebel / Grêmio FBPA
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