O Grêmio acabou de vivenciar aquilo que foi o maior fracasso em sua história: o terceiro rebaixamento para a Série B. De fato, o time já havia caído outras vezes, só que dificilmente há outro ponto tão baixo na história do clube quanto essa queda. Há fatores que deixam isso evidente.
Em 1991, no ano da primeira queda para a Série B, o Brasileirão foi disputado por 20 equipes, em formato semelhante ao atual modelo. A diferença é que havia apenas um turno e os dois últimos caiam, não os quatro piores. O tricolor acabou em 19º lugar. Havia menos tempo para recuperação.
Agora, viajando para o triste ano de 2004, o tricolor estava endividado. Vivia o fim da parceria com a ISL, que havia apostado no clube pouco tempo antes, mas que após a sua saída deixou o Imortal endividado. Além disso, o time havia escapado do rebaixamento no ano anterior após ser lanterna por boa parte do torneio.
Dessa vez não há estas complicações. O Grêmio em 2021 é um time rico, um dos que mais fatura no Brasil e costuma terminar as temporadas com lucro, o que é raro no futebol. Além disso, teve 38 rodadas para fugir das quatro últimas posições e não conseguiu.
Grêmio e o seu maior fracasso da história
Geralmente times grandes caem quando devem salários aos jogadores, não é o caso do Imortal de Porto Alegre. O time paga em dia, aliás, paga muito bem. É difícil achar algum jogador no grupo principal que recebe menos do que R$ 200 mil por mês.
O tricolor gaúcho gastou o dinheiro de forma errada e as contratações mais recentes não deram certo. Foi o pior dos três rebaixamentos, e que agora implicará em problemas pelas próximas temporadas, no âmbito financeiro.
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Imagem: Lucas Uebel / Grêmio FBPA
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