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Eternos 14 segundos: Yura e o gol mais rápido em grenais

Catorze segundos para entrar na história, Agomar Martins soa o apto, a bola viaja de pé em pé, os jogadores colorados não conseguem bloquear o ataque gremista. Era o dia 14 de Agosto de 1977, no estádio Olímpico. André toca para Tadeu, para Ladinho, para Éder, de volta para André, que entra pela esquerda abrindo espaço para Yura surgir pelo meio. O volante aparece como elemento surpresa, na saída do lendário Manga, um toquinho por cima, a marca histórica estava estabelecida. Eternos 14 segundos, Yura e o gol mais rápido em grenais.

A bola aninha-se rapidamente mas malhas do arco colorado, Yura segue categórico, braços abertos regendo o delírio da torcida gremista. Sentia que era o fim do desfile das desilusões daqueles anos 70, de poucas glórias na Azenha.

Yura recorda.

“Para a nossa felicidade, aconteceu esse gol, que foi fantástico, num momento realmente muito difícil da história do Grêmio, porque nós vínhamos perdendo há oito anos seguidos. E era o momento de dar um basta. É uma coisa de Deus. Eu fui um cara que sofreu muito. Parte da torcida me odiava e parte me amava. Quando eu fiz esse gol, eu abri bem os braços, porque queria abraçar todo mundo. Eu sofria duas vezes: porque era gremista e jogador do clube. E Deus me iluminou. Até hoje, por onde eu vou, todos comentam esse gol.”

Jogada arquitetada

O gol relâmpago desmontou o Inter, dono do grande time do país na época, passarinho, como era conhecido Yura, estava emocionado ao abrir o caminho para a vitória por dois a um no clássico. Tarciso, o flecha negra, marcaria o segundo gol gremista. Hermínio marcou para o Internacional.

Nas arquibancadas a torcida do Grêmio estava inebriada de alegria, dentro de campo os colorados estavam atônitos, 14 segundos um a zero contra. O gol não ocorreu por acaso. Telê Santana técnico do Grêmio, utilizou a semana inteira para arquitetar a jogada que seria executada na íntegra no clássico, apenas o surgimento de Yura não estava no combinado, como uma inspiração divina o jogador surgiu no ataque e entrou para a história.

O autor do gol mais rápido revelou.

Foi uma jogada ensaiada com o Telê durante a semana toda. Nunca pensando que a gente fosse fazer no Gre-Nal. Ela aconteceu sem querer. Na verdade, outro companheiro meu era para ter seguido pelo lado direito. Ele não foi. Eu notei e me adiantei, pela minha velocidade, e consegui fazer a jogada .

No final do Gre-Nal 233, os jogadores foram protagonistas de uma verdadeira batalha campal que só foi controlada pela Brigada Militar, a golpes de cassetete. Para a torcida gremista e para Yura isso fica em segundo plano.

Yura decisivo também na final

A vitória no clássico abriu caminho para algo maior, mais adiante o Grêmio venceria novamente o maior rival, no mesmo estádio Olímpico, por um a zero, gol marcado por André Catimba. Na comemoração André se machucou, mas ali o goleador dava um salto para a história.

Como se não bastasse já ter marcado o gol mais rápido em grenais, 14 segundos, Yura seria decisivo no Gre-Nal que decidiu o Campeonato Gaúcho de 1977. O jogador recebeu a bola de Vitor Hugo e deu assistência para André marcar. O Grêmio quebrava a sequencia de títulos do colorado e se sagrava campeão.

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IMAGEM: Diego Guichard

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