FGF entra em contato com a CBF após novas polêmicas de arbitragem no Brasileirão
Luciano Hocsman critica escala e pede mudanças estruturais

Presidente da FGF cobra reformulação da arbitragem após polêmicas em Bragantino x Grêmio
A arbitragem voltou a ser o principal assunto do fim de semana no Brasileirão. Após a derrota do Grêmio para o Bragantino, por 1 a 0, no sábado (4), o clube gaúcho manifestou forte insatisfação com o desempenho do árbitro Lucas Casagrande. Entre os lances mais contestados estão a expulsão de Kannemann, ainda no primeiro tempo, e o pênalti marcado nos acréscimos que garantiu a vitória do time paulista.
Em entrevista ao programa Domingo Esporte Show, da Rádio Gaúcha, o presidente da FGF (Federação Gaúcha de Futebol), Luciano Hocsman, comentou o caso e defendeu mudanças urgentes no sistema de arbitragem brasileiro.
“Ontem mesmo, ao final do jogo, fiz contato com o presidente da CBF, Samir Xaud, e outros dirigentes sobre a necessidade de rever o modelo atual. É um processo de médio e longo prazo, mas urgente. Precisamos de mais qualidade e menos polêmica”, afirmou.
Críticas à escala do árbitro e à gestão da Comissão de Arbitragem
Durante a entrevista, Hocsman também criticou a escolha do árbitro Lucas Casagrande para o jogo entre Grêmio e Bragantino. O dirigente lembrou que o mesmo juiz já havia se envolvido em lances polêmicos no duelo entre Grêmio e Mirassol, pela Série A.
“Confio na idoneidade das pessoas, mas esse árbitro foi o mesmo de Grêmio e Mirassol, onde houve atrito com atletas. A escala dele poderia ter sido evitada”, afirmou o presidente da FGF, destacando que fez a mesma crítica diretamente a Rodrigo Cintra, coordenador-geral da Comissão de Arbitragem da CBF.
Reestruturação e medidas possíveis dos clubes
Hocsman defendeu uma reforma profunda na arbitragem nacional, alinhada às mudanças anunciadas pela CBF para o calendário a partir de 2026. Segundo ele, é inaceitável que “toda rodada termine em discussão sobre erros”.
O dirigente ainda explicou que clubes prejudicados podem solicitar audiências privadas com a Comissão de Arbitragem para apresentar vídeos e relatórios de lances contestados.
“Quando há um desgaste como o de ontem, o clube pode pedir que o árbitro não seja mais escalado. Em casos claros, a própria Comissão evita novas designações”, concluiu.

