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Goleiro do Grêmio fala pela primeira vez sobre o que viu nos resgates realizados nas enchentes no RS

Caíque concedeu entrevista na volta aos treinos do Grêmio

Confira quem são os jogadores da dupla GreNal que estão ajudando as vítimas das enchentes no RS
Imagem: Reprodução/ X

Solidariedade embalou a volta aos treinos do Tricolor

Goleiro do Grêmio, Caíque foi um dos voluntários que enfrentou as enchentes em Porto Alegre para resgatar moradores ilhados.

O atleta voltou aos treinos com seus companheiros nesta sexta-feira (17), em São Paulo, mas não deixou de pedir por mais solidariedade com os afetados pela água que tomou várias cidades do Rio Grande do Sul. Sem condições de ocupar suas estruturas em Porto Alegre por conta das inundações no CT Luiz Carvalho e na Arena, o Imortal está treinando no CT do Corinthians antes de voltar aos jogos.

De lá, Caíque falou ao canal do Tricolor sobre o que viveu nesses últimos dias, dando uma emocionante declaração sobre a tragédia vivida pelo Estado.

“Ver crianças chorando, idosos, pessoas na janela, pessoas em cima do telhado, pessoas gritando e pedindo socorro… isso doeu, cara. A gente não estava falando como atleta, a gente não agiu como atleta, agiu como ser humano. E eu vivi esses momentos de ajuda às pessoas que estavam precisando. Um momento muito triste porque a gente não imaginava como estava a situação. Eu via muito em redes sociais e não estava imaginando realmente como estava a situação. E acabei com uns amigos meus lá, a gente começou a dar o apoio também, ajudar de alguma forma as pessoas nos resgates. Então foram três dias muito intensos, muitas cenas doloridas. Para mim, principalmente, vendo o sofrimento daquele povo, crianças chorando, idosos, pessoas que tiveram um sonho acabado”, relatou.

Goleiro do Grêmio deu a vida para salvar vítimas de enchentes

O jogador ainda contou que nos dias em que estava envolvido com os resgates, acordava por volta das 5h da manhã e saía de casa. E só voltava para seu lar depois da meia-noite, após ter feito o máximo para ajudar quem mais precisava.

“E eu via muito o sofrimento dessas pessoas, cara. Eu não podia ficar dentro de casa olhando tudo isso. Eu queria ajudar da melhor forma e volto a repetir, eu não estava ali como um atleta, eu estava ali como um ser humano. E as pessoas entendiam, né? Muitas pessoas me chamavam para dar entrevista, eu não quis porque eu não era um atleta do Grêmio. A gente pegou um senhor e ele foi contando que tinha acabado de reformar a casa dele. E quando fomos com ele pegar os documentos, ele começou a entrar em desespero, porque viu a casa daquele jeito. E para mim machucou muito, sabe? Eu acho que independente de onde eu estiver e o que eu puder fazer para ajudar, eu vou estar fazendo. Porque é uma dor, cara. É uma dor de um sonho. É uma dor de muitas conquistas que as pessoas tiveram sendo levadas pela água, pela lama e agora reconstruir, né?”, completou.

Imagem destaque: Lucas Uebel/Grêmio

Redação PG

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