Há 17 anos, Grêmio dava passo inicial para a Batalha dos Aflitos
Passando por uma grave crise financeira e técnica, o Grêmio iniciou 2005 na Série B do Campeonato Brasileiro, sob o risco até de declarar falência. Sem jogadores para começar o ano, o elenco gremista precisou ser formado através de muita criatividade e conhecimento de mercado.
Presidido por Paulo Odone, o Tricolor iniciou a temporada enfrentando muitas dificuldades, tendo que demitir o treinador uruguaio Hugo de León após os maus resultados. Para o seu lugar, o então diretor Mário Sérgio trouxe Mano Menezes, que dirigiu o Imortal em toda a Segunda Divisão.
Na primeira fase, o clube gaúcho demorou para engrenar, especialmente nas primeiras rodadas, quando ainda não possuía o plantel completo. Com a chegada de jogadores como Sandro Goiano, Alessandro, Marcelo Costa, Ricardinho, Marcel, Pereira, Domingos, Escalona e Lipatín, o Grêmio finalmente pôde deslanchar no campeonato, terminando a etapa inicial na quarta colocação, com 35 pontos em 21 jogos.
Em uma destas partidas, no último jogo do primeiro turno, o Tricolor carimbou a sua passagem à próxima fase enfrentando o Marília, no Olímpico, no dia 10 de setembro de 2005, há exatos 17 anos. Debaixo de muita chuva, em um confronto que ficaria marcado na memória dos torcedores, a equipe de Mano Menezes classificou-se após um empate em 1 a 1 com o clube paulista, com um golaço do chileno Beausejour.
Grêmio: mais uma etapa antes da Batalha dos Aflitos
Na segunda fase, que contou com duas chaves semifinais, o Imortal caiu em um grupo com Santo André, Santa Cruz e Avaí. Do outro lado, estavam Náutico, Portuguesa, Guarani e Marília, classificando-se os dois primeiros ao quadrangular final junto de Grêmio e Santa Cruz.
Com duas vagas à Série A em jogo, os quatro clubes fizeram uma disputa árdua, que só foi decidida na última rodada, quando a equipe gaúcha venceu o Náutico em pleno Recife, na famosa epopeia conhecida até hoje como “A Batalha dos Aflitos”.
