Grêmio x Metropol: Histórias que a bola esqueceu
O jornalista Zé Dassilva acaba de lançar o livro ‘Histórias que a bola esqueceu – A incrível trajetória do E.C. Metropol e de sua torcida’. A obra relata a trajetória de um modesto time formado basicamente por trabalhadores de minas de carvão de Criciúma que em meio a uma série de tensões trabalhistas na região se sagrou pentacampeão catarinense na década de 1960 e travou um grande embate com o lendário Grêmio de Alcindo e Airton Pavilhão. O livro conta com prefácios de Ruy Castro e Juca Kfouri.
Grêmio x Metropol: Histórias que a bola esqueceu
No dia 13 de setembro de 1964 o Metropol, de Criciúma, ganhou pela primeira vez do Grêmio. Acostumado a perder para equipe tricolor, a vitória foi a maior da história do clube que foi cinco vezes campeão catarinense.
Disputada no antigo estádio Adolfo Konder, em Florianópolis, a partida decidiu a Chave Sul da Taça Brasil, equivalente à atual Copa do Brasil. O Grêmio contava com uma formação lendária, com nomes como Alcindo e Airton ‘Pavilhão’. Em um jogo tenso, o Metropol aplicou 2×0.
Os jogadores e dirigentes da equipe catarinense foram carregados pelo gramado como heróis. Descubra mais sobre esse e outros duelos épicos em ‘Histórias que a bola esqueceu – a incrível trajetória do E.C. Metropol e de sua torcida’.
Livro conta trajetória de time formado por trabalhadores que já eliminou o Grêmio
A história de um time amador que, reforçado para abafar uma greve de mineiros de carvão, acabou se tornando uma lenda do futebol brasileiro. O livro Histórias que a bola esqueceu – a incrível trajetória do E. C. Metropol e de sua torcida (Carbo Editora), do chargista e roteirista Zé Dassilva, resgata a saga deste clube que surgiu na década de 1960, em Criciúma, no sul de Santa Catarina, na época uma cidade de apenas 60 mil habitantes, e vai até a Europa, em uma das maiores excursões de um time brasileiro pelo exterior. A obra chega à sua terceira edição, ampliada e revisada, com prefácios de Ruy Castro e Juca Kfouri.
“O Metropol gerou uma paixão coletiva que ficou acima dos conflitos trabalhistas, mudando a vida da cidade e contagiando outras torcidas de Santa Catarina”, considera Zé Dassilva.
A maior vitória da história do Metropol ocorreu sobre o Grêmio em 1964, quando o eliminou da Taça Brasil após vencer por 2×0. Em pouco menos de 10 anos, o clube alviverde foi cinco vezes campeão catarinense, venceu a Chave Sul da Taça Brasil por duas vezes e revelou bons jogadores para a dupla GreNal.
Mais do que vitórias em campo, o time dos mineiros inaugurou uma era de profissionalismo no futebol, com práticas que ainda demorariam a ser adotadas por outros clubes do país. Histórias que a bola esqueceu – a incrível trajetória do E. C. Metropol e de sua torcida tem um rico acervo de fotos e depoimentos da época gloriosa do Metropol, além da relação completa de ex-atletas, dirigentes e partidas disputadas.
“Zé Dassilva investigou a saga do Metropol como se deve fazer: ouviu os protagonistas e coadjuvantes da história, alinhou as informações numa narrativa ágil e colorida e produziu um livro vivo, que respira com facilidade fora do contexto do futebol”, afirma o escritor Ruy Castro no prefácio.
Sobre o autor
Natural de Criciúma, Zé Dassilva é autor, roteirista e chargista do Diário Catarinense desde 1998. Graduado em Jornalismo pela UFSC, com pós-graduação em cinema-documentário pela FGV/RJ. Para o SporTV, produziu charges animadas e codirigiu o documentário “As Donas da Bola” (2006). Lançou, em 2010, o “Almanaque do Futebol Catarinense”, e em 2014, produziu a obra bilíngue “The Yellow Book” (Toriba Editora), livro oficial dos 100 anos da Seleção Brasileira.
Em 2021, recebeu o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Direitos Humanos e Anistia na categoria Arte, com charge publicada no Diário Catarinense. Mora no Rio de Janeiro desde 2000, mas torce pelo Criciúma Esporte Clube.
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