Inter não será punido pelo que ocorreu no domingo contra o Caxias?
Há um velho ditado: “Impunidade gera impunidade”. Estamos vendo isso acontecer a olhos nus, repetidamente, no Rio Grande do Sul. Vimos contra o Caxias. As autoridades como MPRS, STJD, FGF e até BM parecem não se importar com as consequências, notadamente quando os culpados são torcedores ou jogadores do Inter.
A disparidade de tratamento dos órgãos judiciais e esportivos entre Grêmio e Colorado é gritante, já passa há muito de boato.
Além das penas ‘risíveis’ por pedradas no ônibus, em jogadores e veículos gremistas em 2022, e outros atos violentos da torcida ensandecida que nunca é punida adequadamente.
O autor da pedrada que quase matou Villasanti, reincidente foi liberado e condenado a apenas pagar R$ 1.000 em 10 vezes; outros meliantes não foram revelados pelo rival do Grêmio. Após isso, bombas e cadeiras arremessadas no GreNal seguinte, que feriram gravemente até uma ou mais crianças. Celular no rosto do volante gremista Lucas Silva. Pena: um mando de campo, a ser cumprido em 2023 (quando?) e uma pequena multa.
Ainda há uma ‘baila’ de punições (ou a falta delas) do GreNal 438, vencido pelo Tricolor por 2 a 1 na Arena: torcedor gremista agredido gravemente por objeto arremessado pela torcida colorada; e cadeiras arrancadas do estádio pelos colorados.
MPRS e STJD costumam aplicar punições pesadas ao Grêmio; como ficará Inter x Caxias?
Persistindo esta impunidade, aparentemente ‘clubística’, dada a disparidade de punições entre a Dupla por parte do MPRS, STJD, FGF e CBF, o que pode ocorrer é que jogadores do Imortal e de outros clubes podem ficar com medo de jogar no Beira-Rio. O estádio, conforme a Lei, precisa ser imediatamente interditado, suas medidas de segurança, revistas – inclusive 7.000 cadeiras arrancadas para aumentar a capacidade original de 46.000.
Só na mais recente partida no Beira-Rio, tivemos:
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Cerca de 7 invasões de campo;
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Duas agressões diretas a atletas (frames 4 e 5);
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Uma criança de colo utilizada como escudo por torcedor colorado;
- Perseguição de jogadores e torcedores do Inter, com agressões graves, a atletas do Caxias, notadamente Wesley Pomba;
- Possível invasão de seguranças do Colorado para bater nos jogadores do clube Grená.
A desculpa que tem sido apregoada é: “Wesley provocou”. Ora, ele colocou as mãos nas orelhas, provocou sim a torcida, como sempre ocorre no futebol. Não a agrediu fisicamente, não foi diretamente a nenhum jogador ou membro da comissão técnica.
Jamais se viu algo assim no Brasil, ao menos no Rio Grande do Sul. O pior são a leninência e aparente ‘clubismo’ de MPRS, STJD, FGF e até CBF, comprovados em episódios anteriores do Inter. O Grêmio, recentemente foi excluído da Copa do Brasil pelo canto de uma torcedora; do outro lado, são sempre ‘casos isolados’, que vão gerando outros casos.
Perguntado, o juiz que costuma dar sentenças na madrugada ou cedo da manhã, pesadíssimas, ou em vésperas de jogos importantes do Grêmio, dr. Marco Aurélio Xavier, respondeu que “todas as organizadas de Grêmio e Inter devem ser suspensas pela violência”.
De quem? O Imortal já foi punido, com multa máxima de R$ 100 mil e todas as organizadas punidas, perdas de mando, na confusão contra o Cruzeiro FC na B. Na manhã seguinte ao incidente, o MPRS decretou a perda do restante dos mandos de campo do campeonato – absurdo que foi logo revogado. Assinado pelo dr. Marco Aurélio Xavier.
São mais de 5 anos de impunidade pro Inter, sempre acobertados pela @OficialFGF e pelo @mprs
— Everton & Lena (@Everton_e_Lena) March 27, 2023