Jogadoras do River Plate são presas após injúria racial
Tricolor registrou boletim de ocorrência após o caso
Prisão em flagrante de jogadoras do River Plate é mantida após injúria racial na Ladies Cup
A audiência de custódia realizada neste sábado (21) determinou a manutenção da prisão em flagrante das quatro jogadoras do River Plate acusadas de injúria racial durante a partida contra o Grêmio pela Ladies Cup. Candela Díaz, Camila Duarte, Juana Cangaro e Milagros Díaz foram detidas na sexta-feira após denúncias de atos racistas contra um gandula e atletas do Grêmio.
A decisão do juiz levou em conta a ausência de vínculos das jogadoras com o Brasil, justificando a necessidade da detenção preventiva. A advogada das atletas, Thaís Sankari, informou que entrará com um pedido de habeas corpus neste domingo (22) para que elas possam responder ao processo em liberdade. Segundo Sankari, as atletas estão abaladas com a situação.
O River Plate se manifestou repudiando os atos de injúria racial e ofereceu suporte jurídico às jogadoras. O clube comprometeu-se a apresentar as atletas às autoridades judiciais sempre que necessário, caso sejam liberadas.
Leia mais
Ex-Grêmio é eleito a pior contratação de todos os time da Séria A
A confusão começou após o gol de empate das Gurias Gremistas, no estádio do Canindé, em São Paulo. Candela Díaz teria imitado um macaco em direção a um gandula, o que gerou indignação entre as atletas do Grêmio, que também relataram terem sido alvo de injúrias raciais. Com seis jogadoras do River expulsas, o Grêmio foi declarado vencedor por 3 a 0.
A organização da Ladies Cup repudiou o ocorrido, excluiu o River Plate da competição e aplicou uma suspensão de dois anos ao clube. Além disso, anunciou ações antirracistas para a final deste domingo entre Grêmio e Bahia, incluindo a entrada das equipes com uma faixa contra o racismo e a leitura de um manifesto antes da partida.
O Grêmio registrou boletim de ocorrência e pediu punição rigorosa às jogadoras envolvidas.