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Mancini revela que aceitou oferta com baixa expectativa de salvar o Grêmio

O técnico Vagner Mancini foi demitido em fevereiro do comando técnico do Grêmio. Agora, já de cabeça fria, aceitou se manifestar publicamente. Em conversa com o jornalista Elia Júnior, da rádio Bandeirantes de São Paulo, o treinador falou sobre os bastidores do período em Porto Alegre. Suas declarações surpreenderam bastante. Afinal, segundo ele, quando recebeu o convite para salvar o clube gaúcho, achava que a missão era de difícil reversão.

“Eu estava no América e acabei recebendo o convite do Grêmio faltando 14 jogos. Eu disse para a diretoria que era muito difícil a gente escapar e me foi dado o retorno de que eles sabiam. Eles sabiam que por tudo o que estava acontecendo no campeonato seria muito difícil e queriam que eu fosse o treinador para 2022. Eu aceitei e paguei a multa do América. Eu paguei. Assumi o Grêmio e tive um aproveitamento de quase 48%. O que daria pra gente o sexto lugar se fosse o treinador desde o início. Então a direção entende que a manutenção fazia parte do projeto e me manteve (após o rebaixamento). Aí começou o ano e a gente acerta 5 semanas de pré-temporada. É normal depois disso uma certa dificuldade para jogar por conta da carga intensa nessas semanas. Mas aí você começa a ser cobrado por bons jogos no estadual. Você não pode perder o campeonato com o Grêmio” justificou.

A declaração de que achava difícil salvar o Grêmio com 14 jogos restando pegou muito mal junto aos torcedores. Internamente, dirigentes consultados desmentem a conversa. Porém, confirmam que houve sim a sinalização da sua continuidade em 2022. Afinal, seu contrato era de um ano e meio com o clube.

Decepcionado com os dirigentes

Mancini também mostrou descontentamento com os dirigentes. Até o momento da sua demissão, o treinador tinha uma parceria muito forte com o vice de futebol, Dênis Abrahão. Contudo, na entrevista, ele disparou contra os cartolas.

“É a cabeça do dirigente. Não adianta você ficar trazendo técnico estrangeiro. Tem que olhar para os dirigentes também. E tem a imprensa também, viu?! Dá pra substituir muitos que estão comentando aí por portugueses, argentinos ou uruguaios. Como os dirigentes também, por que não importamos dirigentes do exterior?”, questionou.

 

Matheus D'Ávila

Jornalista na Band RS e no canal A Dupla!

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