Saiba o que impediu a chegada do zagueiro Diego Lugano ao Grêmio
O ex-zagueiro Diego Lugano ficou próximo de virar reforço do Grêmio no início da última década. Em 2013, o saudoso ex-presidente Fábio Koff desejava contar com o defensor uruguaio como um “símbolo” do período de reconstrução que o Tricolor ultrapassava logo depois da inauguração da Arena, em Porto Alegre.
Executivo de futebol do Tricolor Gaúcho na época, Rui Costa chegou a tratar do assunto diretamente com o ex-zagueiro, que estava de saída do futebol francês. No entanto, ele optou por seguir atuando na Europa e acabou emprestado ao Málaga, da Espanha. Em entrevista ao jornalista Duda Garbi, Lugano relembrou bastidores das tratativas com o Imortal.
“Em 2013, eu estava no PSG, na França, com conversas para ir para a Inglaterra jogar a Premier League. Vim para o Uruguai em um jogo das Eliminatórias. E o Rui Costa, que eu não conhecia, fez contato comigo para conversarmos no Uruguai. Era difícil eu falar com alguém antes do jogo do Uruguai. Quando eu chegava no Uruguai, ficava direto na concentração da seleção. Pra mim era o máximo“, iniciou.
“O Rui era muito educado, muito preparado. Ele me contou que o clube estava se reerguendo, com a construção da Arena. E queria que eu fosse o emblema desse novo Grêmio. Havia uma enquete entre os torcedores sobre quem eles achavam quem poderia ser a figura desse novo clube e eu teria ganho com quase 80%. E eu falei: ‘Caramba, o que eu tenho a ver com o Grêmio?‘. Fiz minha vida jogando no São Paulo“, adicionou, conforme relatou o Gremistas.net.
Uruguaio aposentou no Brasil, mas longe do Grêmio
A oferta apresentada pelo clube gaúcho mexeu com o gringo, mas a identificação com o São Paulo falou mais alto. Na reta final de sua carreira, Lugano retornou ao clube paulista para uma nova passagem, entre 2016 e 2017.
“Recebi ele (Rui Costa) só por educação. Para dar um ‘nó’ com educação, mas fiquei surpreso. Pô, 80% de aprovação? E a proposta econômica era muito boa. Me senti honrado e prestigiado pelo Grêmio. Pedi para esperar um pouco, para pensar, porque fui surpreendido. Acontecia também que o pessoal do São Paulo me tratava bem demais, então sempre tive a promessa de voltar ao São Paulo quando retornasse ao Brasil. Devia tudo a eles e o mínimo era ser leal a eles. A palavra que eu dei para o São Paulo fez eu não ir para o Grêmio“, completou o uruguaio.