Patrício revela o que o Grêmio precisa para conseguir o acesso
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O Grêmio volta a campo para enfrentar o Náutico nesta sexta-feira (8), às 21h30, na Arena. A partida é válida pela 17ª rodada da Série B 2022. Caso vença, o Tricolor Gaúcho se mantém mais uma rodada na quarta colocação da competição nacional e chegar aos 29 pontos, e torcer para que o Bahia não obtenha o resultado positivo em sua partida, pois igualaria o Tricolor de Aço no quesito.
Passados 17 anos da inesquecível Batalha dos Afiltos, o ex-lateral Patrício, um dos jogadores que vestiam as cores azuis, pretas e brancas na época, afirmou quais são os requisitos que o time precisa para regressar para a elite do futebol nacional.
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A receita de Patrício
Patrício relembrou, em entrevista ao Uol Esporte, como era o formato da Série B do Campeonato Brasileiro em 2005. A competição contava com uma fase preliminar de pontos corridos que se classificavam oito equipes, que eram divididas em dois grupos com quatro integrantes na segunda fase. Para a fase final, os dois primeiros de cada se classificavam para o quadrangular final, para decidir os clubes que subiriam para a Série A de 2006.
“Naquela temporada subiam só dois, então já era mais difícil do que agora. Hoje em dia sobem quatro, OK, tem clubes tradicionais. Mas em 2005 era uma fase de classificação, passavam oito e aí tinha duas chaves com quatro times para formar o quadrangular final. A gente chegou uns dois dias antes a Recife e lutou muito naquele jogo. Em todo jogo, na verdade. Não tinha cansaço, não tinha dor. Ali, a gente sabia que precisava muito subir”, comentou ao Uol Esporte.
O ex-jogador, que teve passagem pelo Grêmio entre 2005 e 2007 e participou de todo o processo de reestruturação do Tricolor Gaúcho após a queda para segunda divisão em 2004, falou sobre a passagem e o que pensava quando escolheu jogar na equipe, apesar da situação.
“Eu tinha 31 para 32 anos na Batalha dos Aflitos e fui pensando claramente na situação. Era a chance de subir, renovar e ter mais uns dois ou três anos em alto nível. E, por outro lado, se não subisse, não ia ficar no Grêmio e ia começar a descer mais. Ali, era a minha vida. Por isso a gente colocou tanto na cabeça dos mais novos que não era só um campeonato. Era a nossa vida, para os mais experientes do grupo. Com o acesso do Grêmio, joguei até os 38 anos e sempre passando por times grandes”, disse.
“Os caras precisam pensar o seguinte: jogar esse ano para renovar, crescer na carreira. Se o Grêmio não subir, o que fica? Como fica o grupo? Pode ter injustiça com jogadores bons que não vão ser valorizados também”, completou.
Volta de Lucas Leiva
Por fim, Patrício comentou também sobre a volta do seu ex-colega de equipe naquela passagem de 2005 a 2007: Lucas Leiva. Para o ex-lateral, o atleta vai agregar muita qualidade para o elenco do Grêmio, já que conta com muita experiência em competições de alto nível, além de sua já conhecida qualidade técnica.
“A volta do Lucas é muito, muito bacana. Ele é jogador de Série A. É um jogador que se cuida, treina muito, preparado. É um jogador com cabeça, é profissional. Ele vai dar um up no meio-campo do Grêmio. Depois da saída do Maicon, o meio-campo do Grêmio ficou carente de referências e o Lucas pode fazer um papel assim. Mas só ele não vai resolver. Tem que ter mais uns caras para dar uma mão. Na Série B é preciso ter gente que saiba jogar a Série B. A Série B não é fácil”, encerrou.
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