Piora do Grêmio se deu com a saída de Renato, revela Tiago Nunes
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Primeiro treinador do Grêmio na era pós Renato Portaluppi, Tiago Nunes concedeu entrevista ao podcast Flow Sport Club na última terça-feira (2) e comentou sobre a sua breve passagem no Tricolor. Ele assumiu o escrete em um momento delicado internamente e teve que adaptar o seu trabalho ao contexto do clube naquele momento.
A saída de Renato após ter seu contrato renovado foi o reflexo das pressões sobre o cargo de treinador da equipe. Nas palavras de Tiago Nunes, Renato trazia tranquilidade para a política interna do clube. Durante todos os anos em que esteve à frente do comando técnico da equipe, o ídolo gremista afastou a influência dos dirigentes e o ambiente do clube foi favorável para as conquistas.
“O Renato tinha uma relação direta com o presidente e de blindagem total do futebol. Ele mandava no futebol do Grêmio. Por ter esse perfil, ele afastou totalmente do vestiário por cinco anos aqueles dirigentes políticos. Que, quando o Renato sai, sentem aquela vontade de voltar e começar a palpitar no futebol. Aí a pressão externa e até interna cresce. Não tinha nem vou ter o tamanho do Renato, muito menos no Grêmio”, disse Tiago Nunes.
Trabalho de Tiago Nunes no Grêmio foi em momento de transição do clube
Quando Tiago Nunes assume a equipe, o momento é de total reconstrução. O treinador ainda precisou lidar com o fim do ciclo de alguns atletas do elenco. Seus primeiros 30 dias tiveram bons números, título do Campeonato Gaúcho e fase de grupos da Copa Sul-Americana, porém, cinco derrotas e dois empates no Brasileirão derrubaram treinador no Grêmio.
Após isso, na tentativa de dar uma resposta ao torcedor e influenciado pelo ambiente político, o Grêmio trouxe Felipão e Vagner Mancini, que não deram resultado e a equipe acabou sendo rebaixada para a Série B. O momento de transição do clube não permitiu que nenhum treinador tivesse respaldo de tempo para acertar o trabalho. A direção não teve paciência e um clube de estrutura, com salários em dia e bem administrado caiu de divisão.