Bastidores conturbados e recheados de polêmicas: relembre o ano político do Grêmio
Além de um novo presidente e seu respectivo Conselho de Administração, o Grêmio elegeu neste ano de 2022 o próximo mandatário do Conselho Deliberativo e ainda renovou o colegiado em um pleito marcado por muitos rumores e disputas internas.
A primeira eleição da temporada gremista aconteceu no dia 24 de setembro, quando oito grupos concorreram para a inclusão de novos conselheiros no clube gaúcho. Com vitória das chapas 1 (Danrlei), 7 (Odorico Roman) e 8 (Alberto Guerra), a disputa para o pleito presidencial do Imortal ficou restrita a estes nomes, que se envolveriam em muita polêmica antes do dia 12 de novembro, quando seria disputado o primeiro turno da eleição.
Antes disso, no entanto, o Tricolor ainda escolheu o novo presidente do Conselho Deliberativo, no dia 17 de outubro. Após seis anos, Carlos Biedermann passou o comando do cargo para Alexandre Bugin, então vice do colegiado. Em votação presencial ocorrida durante Sessão Ordinária no auditório da Arena, Bugin foi eleito para um mandato de três anos com 180 votos contra 137 do candidato Luciano de Faria Brasil.
O pleito, que aconteceu em apenas um turno, contou com 342 eleitores possíveis (300 conselheiros — incluindo os recém nominados, 16 conselheiros vitalícios e 26 jubilados).
Eleição para o Conselho indicou os prováveis candidatos à presidência do Tricolor
Com o ingresso majoritário de conselheiros das chapas de Danrlei, Odorico Roman e Alberto Guerra na eleição para renovação do conselho, estes três nomes acabaram despontando como favoritos à eleição presidencial do Grêmio.
No entanto, com a reeleição do ex-goleiro como deputado federal, concretizada no início de outubro, apenas Odorico Roman e Alberto Guerra acabaram confirmando as suas candidaturas à presidência do Imortal, o que ficou mais evidente após a desistência de Guto Peixoto, que representaria Romildo Bolzan Junior, e Carlos Galia.
Vale ressaltar que, inicialmente, o ídolo Danrlei apenas declararia apoio à chapa de Guerra nas eleições do conselho e para presidência. No entanto, o ídolo tricolor resolveu capitanear uma chapa própria, o que abriu a possibilidade de concorrer para presidente caso não fosse eleito deputado.
Contudo, após renovar o seu mandato político, Danrlei passou apenas a trabalhar como apoiador, o que quase foi consolidado com a formação de uma chapa presidencial em conjunto com Adalberto Aquino, o que também foi descartado.
Disputa presidencial do Grêmio foi marcada por reviravoltas e trocas de farpas
Com isso, após de muita especulações e reviravoltas em torno do apoio do ex-goleiro, que era tido como um trunfo das chapas disputantes, ficou decidido que Danrlei se retiraria de qualquer disputa eleitoral. Por conta disso, o pleito ficou restrito aos nomes de Alberto Guerra e Odorico Roman, que concorreram ao primeiro turno da eleição presidencial, no dia 7 de novembro, envoltos por muitas acusações e trocas de farpas.
Com a passagem de ambos para o pátio da Arena, para a votação dos sócios gremistas em segundo turno, ficou decido por quase 60% dos associados que Guerra seria o novo mandatário máximo do clube gaúcho, junto do seu Conselho de Administração composto por Gustavo Bolognesi, Luciano Feldens, Eduardo Cozza Magrisso, Fábio Floriani, Geraldo Barbosa Correa e José Carlos Corrêa Duarte.