A melhor notícia do Grêmio em 2022 tem nome e posição definida. Sem dúvida alguma, Bitello é o principal jogador do Tricolor nesta temporada, aos 22 anos ele reúne características que o tornam único no futebol do sul do país.
Roger Machado define que Bitello não é volante mas sim meia no Grêmio
A discussão que havia em torno da posição do jovem meio-campista parece ter chegado ao fim. Agora está decretado, o Grêmio não joga com três volantes, o tripé escalado por Roger Machado tem dois volantes e um meia, que no caso é Bitello. Assim foi determinado e explicado pelo técnico ao final da partida contra o CRB, no sábado (30), na Arena.
O jogador foi uma aposta de Roger, que o colocou no time e lhe deu sequência, e hoje o jovem dita o ritmo da equipe. Bitello reúne valências que lhe conferem distinção, habilidade, movimentação, chute de média distância, marcação e capacidade de criação são algumas de suas qualidades.
Bitello: de aposta do treinador a jogador raro no futebol brasileiro
Contudo, sua posição tem sido motivo do seguinte debate: volante ou meia, qual seria a identidade futebolística do atleta? A resposta está em seu futebol e origem no campo, pois Bitello chegou ao Grêmio vindo do Cascavel-PR onde era meia. No Tricolor foi colocado como volante na equipe de base, e quando subiu para o profissional foi visto como tal.
Hoje, o meio-campista é indispensável no esquema de Roger, pois cumpre dupla função, ou seja, recompõe como volante e se desprende ao ataque como meia. O que o torna diferenciado é o fato de ser um meio campista que cria, mas que marca muito.
Pode estar surgindo no Grêmio um jogador moderno e ao mesmo tempo raro. O treinador gremista foi definitivo em entrevista após a partida do último sábado:
“Com todo respeito, você chamar um sistema com o Bitello de três volantes desce atravessado na garganta. Um jogador com a qualidade que ele tem. Eu já disse. Talvez vamos dar a camisa 10 para ele, daí pode ser que não enxerguem ele como volante. Ele é o meia do time. Com uma qualidade que poucas vezes vi jogador que nem ele. Está evoluindo”, destacou o técnico do Grêmio.
Roger Machado citou a conversa que teve com Gustavo Caiche, da comissão técnica do time sub-20 do Furacão, que trabalhou com Bitello no Cascavel. O profissional disse ao treinador gremista que o atleta do Tricolor chegou a ser utilizado como ponta e até centroavante, e não entendia como o jogador era considerado volante em Porto Alegre.
“Ele (Bitello) não é volante. A qualidade que ele toca a bola, domina, dá de letra, chapéu, toca de calcanhar. Desculpe, é preciso se olhar diferente o futebol. Com todo respeito. Antes era mais fácil. Quando era de um a 11, se olhava o 8, o 5 e lá estava o volante. Hoje não tem número fixo, aí tem que se olhar pelo que ele faz em campo, as funções dele”, complementou Roger Machado.
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Imagem: Lucas Uebel / Grêmio FBPA
