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O Grêmio vive os momentos finais da gestão Romildo Bolzan Júnior. O presidente do Tricolor Gaúcho e o próprio clube já se preparam para o adeus da era que durou oito anos e teve pontos altos como as conquistas da Copa do Brasil e Copa Libertadores da América, mas que também foi responsável pelo terceiro rebaixamento na história do clube.
O cenário atual em relação a gestão de Romildo Bolzan é de decepção e críticas da torcida. Contudo, a pretensão do grupo do mandatário é mandar um candidato ao pleito que decidirá o novo presidente do Grêmio para o próximo triênio. Em entrevista a Rádio Gaúcha, Romildo Bolzan demonstrou apoio em uma possível candidatura de seu atual vice de futebol.
“Todos os nomes que surgiram são colocados para discussão pública. O Grêmio tem uma cláusula de barreira dentro do conselho, então veremos de fato depois. Todos conhecem bem o processo, creio que não terá dificuldade de entendimento. Vejo Denis como um nome perfeitamente preparado para participar“, disse.
Processo eleitoral e preocupação para não afetar o elenco
Serão três eleições que o Grêmio passará em 2022. A primeira é para renovação de 50% dos 300 integrantes do Conselho Deliberativo. A segunda parte é para definir a nova mesa diretora do clube, que será decidida pelos conselheiros gremistas. Por fim, a mais importante e eleição para definir o novo presidente. Romildo Bolzan acha, mesmo com a renovação por vir, Denis Abrahão tem condições de seguir no futebol do Grêmio.
“Se bem o conheço, e conversamos sobre isso, ele não abre mão. Vi muitas críticas. Tem situações que as pessoas merecem se recuperar e reparar aquilo que tiveram participação. Como ele tem capacidade, pode reverter essa situação. É um dirigente consolidado, de um gremismo que todos nós devemos respeitar. Se ele tiver vontade, terá muito respaldo de seus companheiros”, afirmou.
As eleições terão início no dia 24 de setembro, onde serão eleitos ou renovados os conselheiros inscritos nas chapas. Vale lembrar que para concorrer ao Conselho Deliberativo do Grêmio, é necessário ter cinco anos de associação e pagamentos ininterruptos das mensalidades por dois anos. Já para a presidência, o candidato deve ser sócio há 10 anos no Grêmio.
Logo após a definição das chapas que ultrapassarem a cláusula de barreira e o anúncio dos conselhos eleitos, vem a etapa da eleição do presidente e do vice-presidente do Conselho Deliberativo que ocorrerá no dia 17 de outubro. Tendo as chapas todos nomes aprovados e os candidatos tendo passado pela cláusula de barreira de 20%, no dia 26 do mesmo mês, a eleição vai para segundo turno. A definição de quem será o novo presidente do Grêmio acontecerá no dia 5 de novembro, com a última parte do processo eleitoral, que conta com os votos dos sócios aptos.
Todo esse processo poderia ser um ponto de preocupação para o elenco gremista, consequentemente afetando o desempenho dentro de campo. Neste cenário, Romildo Bolzan não se furta em chamar atenção dos movimentos no processo eleitoral. No entanto, o presidente acredita que os grupos envolvidos estão mais calmos e não devem prejudicar o clube no campeonato, mesmo em eleições e a disputa pelo novo comando do Tricolor Gaúcho.
“Quando tem disputa importante de campeonato pela frente, sempre se cria a discussão. É tudo normal. Já tive mais medo vendo algumas atitudes que aconteceram. Mas eu acho que temos de ser extremamente maduros, de modo que isso não interfira. As eleições precisam ter a maturidade de todos, no sentido de não desestabilizar o plantel. Vi depois uma tomada de precaução de não permitir que isso discorra. Se eu perceber, vou chamar a atenção nesse sentido. Desejo uma boa campanha, mas que preserve o ambiente“, completou.
