Times da série A mudaram de técnico várias vezes enquanto Renato comandava o Grêmio
Com uma cultura imediatista, o cenário do futebol brasileiro é um tanto quanto hostil para os treinadores. Não é muito comum a manutenção por um longo período de tempo da comissão técnica nos clubes do país, salvo raras exceções. Desde setembro de 2016 no comando Grêmio, o técnico Renato Portaluppi anunciou sua saída na tarde de ontem, após quatro anos e meio no tricolor gaúcho. Contrariando as estatísticas, o hoje ex-técnico gremista, era até então o comandante a mais tempo à frente do cargo de treinador em uma equipe brasileira.
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Ao contrário do que acontece no Brasil, na Europa não é raro um treinador ficar vários anos no comando de algum clube. A diferença de investimentos no futebol entre os clubes do velho continente e das equipes brasileiras é incomparável e com certeza refletem o resultado dessa equação.
Porém, alguns exemplos se sobressaem no país como o ex-treinador do Londrina, Cláudio Tencati, que ficou 7 anos no comando da equipe paranaense. Atualmente, o técnico Vinícius Bergantin, do Ituano, é o mais longevo em atividade no Brasil com quatro anos ocupando o cargo. Entre os clubes da série A do brasileiro, o técnico Lisca, do América Mineiro é o treinador há mais tempo na direção de uma equipe no país.
Diante de um contexto sem um planejamento adequado, os clubes brasileiros transferem toda a responsabilidade dos fracassos dos times em cima dos treinadores. Analisando os clubes que disputam a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, a saída do técnico Renato Portaluppi do Grêmio deixa evidente a rotatividade de treinadores nos principais clubes do país durante o período que ocupou o cargo no tricolor gaúcho.\
Times brasileiros que disputam a série A e seus respectivos números de comandantes nos últimos cinco anos:
- Cuiabá – 6 treinadores
- Athletico Paranaense, Red Bull Bragantino e América Mineiro – 7 treinadores
- Sport Recife, Bahia, Fortaleza, Atlético Goianiense e Flamengo – 9 treinadores
- Corinthians, Juventude e Internacional – 10 treinadores
- Atlético Mineiro, Santos e Ceará – 11 treinadores
- Palmeiras e Fluminense – 12 treinadores
- Chapecoense – 13 Treinadores
- São Paulo – 14 treinadores
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Imagem: Reprodução YouTube