Diretor jurídico do Grêmio defende SAF como futuro estratégico para o clube
Para o advogado, SAF não é só solução financeira, mas modernização do clube
Diretor jurídico do Grêmio defende debate sobre SAF no clube
SAF é o futuro. Pelo menos é o que defende Luiz Paulo Germano, diretor jurídico do Grêmio. Em entrevista para o jornalista Eduardo Gabardo, o advogado falou sobre como adotar um modelo de SAF pode posicionar o Grêmio como “referência no futebol brasileiro e internacional, sem abrir mão de suas tradições e valores”.
Clubes como o Grêmio devem discutir a SAF com seriedade, buscando um modelo que combine aumento de competitividade com o controle rigoroso das decisões pelo próprio clube”, entende Germano.
No Brasil, clubes como Botafogo, Atlético-MG, Cruzeiro e Bahia já aderiram ao modelo de Sociedade Anônima do Futebol e outros, como o Fluminense, avançam neste sentido.
Ainda para o diretor jurídico do Imortal, o modelo de SAF não se trata apenas de uma solução financeira, mas também de uma modernização de gestão capaz de fortalecar a marca Grêmio no enário esportivo.
O Tricolor precisa de um futuro sustentável, com organização e recursos que nos permitam seguir em busca de títulos e conquistas. Esse é um debate que moldará o futuro do Grêmio”, explica Luiz Paulo Germano.
SAF no Brasil
As Sociedade Anônima do Futebol, famosas SAFs, são permitidas no Brasil desde 2021, quando a Lei nº 14.193/21 foi sancionada. O primeiro clube a adotar o modelo foi o Cruzeiro, quando aceitou a oferta do ex-jogador pentacampeão do mundo Ronaldo Nazário, por 90% do clube mineiro.
Hoje, segundo o Globo Esporte, 63 clubes brasileiros são SAF e apenas oito estados não tem nenhum clube que adotou o modelo. No Rio Grande do Sul, apenas o Futebol com Vida, fundado pelo ex-zagueiro do Internacional, Sandro Becker, se encaixa no modelo de SAF.