Grêmio muda postura, descarta medalhões e pensa diferente
O técnico Renato Portaluppi contava com plenos poderes em seu tempo de Grêmio, indicava os nomes e a direção contratava. Tiago Nunes ficou pouco tempo e não teve nenhum reforço. Felipão já conta com três, mas um deles não teve a sua aprovação e virou reserva, vai ser usado no futuro (Campaz).
Nos últimos anos o tricolor empilhou contratações de veteranos, em 2020 vieram Diego Souza, Vanderlei, Victor Ferraz, Everton Cardoso, Robinho e Thiago Neves, para citar alguns. Quantos deram certo? Somente o primeiro deles, que ainda foi artilheiro do Brasil naquela temporada.
Mais de 30 atletas desembarcaram na Arena do Grêmio desde 2018 e pouquíssimo estão no grupo, como é o caso de Alisson, titular incontestável de Felipão. E muitos desses fracassos possuem o dedo de Renato Portaluppi, responsável pelas indicações dos medalhões.
Grêmio mudou a postura nas contratações
A direção não quer mais trazer jogadores com mais de 30 anos. A ideia é buscar nomes que tenham potencial de revenda e que possam agregar no momento em que forem contratados.
É claro que Felipão terá voz ao indicar reforços para 2021, mas a direção não irá simplesmente atrás deles porque o treinador indicou. Serão feitas avaliações internas para evitar novos desperdícios de recursos, como vem acontecendo nos últimos anos.
O Grêmio está calejado nesse aspecto e por isso fez seis contratações em 2021. Aliás, Borja, Villasanti e Campaz nem estavam nos planos, só vieram porque o time começou o Brasileirão brigando para não cair e assim os dirigentes foram ao mercado.
Enfim, a nova postura inclui menos poderes para o treinador na seleção de contratações, veteranos estão descartados e uma avalição mais criteriosa vem sendo feita. Em 2022 esse conceito deverá seguir.
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Imagem: Lucas Uebel / Grêmio FBPA