Nos últimos anos o Grêmio ganhou notabilidade por formar vários jogadores que atuam nos lados do ataque, como Ferreira. E assim como eram as temporadas antigas da novela Malhação, quando um craque deixava a equipe, outro estava pronto para assumir o seu papel. Ou seja, a história tinha uma continuidade.
Existe um motivo evidente para que isso tenha acontecido: Ferreira assumiu o protagonismo recentemente e não deu muito tempo para que um reserva pudesse se consolidar. Léo Pereira é quem tem mais jogado com Felipão, é esforçado, mas não tem a mesma ginga dos jogadores que vieram antes dele.
Todos os outros tiveram mais tempo para florescer, enquanto o titular brilhava e encantava, chamando atenção de clubes europeus. Mais do que isso, a péssima fase dentro de campo faz com que a direção corra em busca de uma contratação para o setor. Dessa vez não deve haver espaço para a gurizada.
Ferreira dá fim a linhagem de pontas dribladores?
Tudo começou com Pedro Rocha, que brilhou pelo Grêmio e foi fundamental no título da Copa do Brasil 2016. Na mesma época, havia Luan. Os dois eram titulares, o primeiro saiu em 2017 e o segundo não foi para a Europa, o clube preferiu segurá-lo e depois o nível caiu.
Mais tarde, Everton Cebolinha assumiu a vaga de Luan e virou o protagonista. Enquanto isso, Pepê era o reserva que já encantava. Cebolinha foi vendido e Pepê entrou no time, fazendo com que Ferreira virasse o principal reserva, já pedido por muitos no time titular.
Léo Chú e Léo Pereira são os principais postulantes a ser o próximo ponta driblador e que chama atenção do país inteiro. Mas, ainda estão muito longe disso. Pela primeira vez em quatro anos o Grêmio fica sem saber a quem recorrer após a saída de um titular.
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Imagem: Lucas Uebel/Grêmio FBPA
