Há 39 anos, Grêmio vencia a sua primeira Libertadores da América

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Foi no dia 28 de julho de 1983, portanto há exatos 39 anos, que o Grêmio conquistava a primeira de suas três Copas Libertadores da América. Após classificar-se para o torneio continental através da vice colocação no Campeonato Brasileiro de 1982, o Imortal Tricolor decidiu apostar todas as suas fichas na conquista da América, algo inédito até então no Rio Grande do Sul.

Para chegar competitivo na Libertadores de 1983, o então presidente Fábio Koff, lendário mandatário do clube gaúcho, decidiu realizar algumas mudanças no elenco que havia chegado à final do campeonato nacional do ano anterior. Após perder o meia Paulo Isidoro para o Santos, o Grêmio correu atrás do armador Tita, do Flamengo, por empréstimo. Em troca, enviou o centroavante Baltazar para o clube carioca.

Para substituir o histórico Artilheiro de Deus, Fábio Koff decidiu contratar dois centroavantes: Caio, vindo de empréstimo da Portuguesa, e César, oriundo do Benfica, de Portugal. Curiosamente, os dois atacantes marcaram na partida decisiva contra o Peñarol, do Uruguai, que deu o título de campeão da Libertadores de 1983 em pleno Estádio Olímpico Monumental.

Campanha até a final foi dramática

Após uma primeira fase arrebatadora, deixando para trás o Flamengo de Zico, o Grêmio classificou-se para a semifinal do torneio continental, que contava com um triangular em turno e returno para decidir o finalista. Em partidas muito duras e violentas — especialmente a famosa Batalha de La Plata —, o Imortal impôs a sua força e eliminou os concorrentes Estudiantes, da Argentina, e América de Cali, da Colômbia, rumo à final da competição. Na grande decisão, o Tricolor viria a enfrentar o temido Peñarol, que era o atual campeão da Libertadores e do Mundial Interclubes.

Experiência e juventude marcaram a primeira Libertadores do Grêmio

Contando com toda a sabedoria do capitão uruguaio Hugo de León, que já havia conquistado o torneio em 1980 com a camisa do Nacional, o Grêmio ainda possuía o trunfo de ter o jovem e explosivo Renato Portaluppi em sua equipe. Naquela noite fria de 28 de julho de 1983, que marcava o segundo jogo da final da Libertadores contra o Peñarol, foi do ponta-direita o passe antológico para o lendário gol de César aos 32 minutos do segundo tempo, que desempatou a partida contra o poderoso esquadrão uruguaio.

No final da partida, vencida pelo Tricolor por 2 a 1, coube ao capitão De León erguer sangrando a taça de campeão, em uma das imagens mais emblemáticas da história da Libertadores e do Imortal Tricolor. Após a conquista, o clube gaúcho credenciou-se para a disputa do título mundial, em dezembro, contra o alemão Hamburgo, no Japão. Com dois gols de Renato, o Grêmio tornou-se campeão do mundo ao final do glorioso ano de 1983.