O atacante Pepê, ex-Grêmio e atualmente no Porto, de Portugal, voltou a virar pauta na imprensa gaúcha nesta semana. Dois anos após a venda para o futebol europeu, o Foz do Iguaçu, clube onde o jogador atuou nas categorias de base, garante não ter recebido os valores que tinha direito da antiga gestão do Imortal.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente do clube paranaense, Arif Osman, afirmou que o Grêmio não honrou com os 30% dos direitos econômicos de Pepê. O atacante foi negociado com o Porto por R$ 98,6 milhões e o dirigente afirma que a equipe deveria ganhar R$ 29 milhões.
“O Foz tem seus direitos reconhecidos em documentos. Temos os documentos que provam. A gestão anterior do Grêmio foi catastrófica. Tive que montar um time pífio, sem orçamento algum. Fomos deixados às traças. É um clube gigante pisando em um pequeno“, afirmou Arif Osman.
Ex-CEO do Grêmio rebate acusações
Ex-dirigente do Imortal, Carlos Amodeo, que ocupou o cargo de CEO na gestão de Romildo Bolzan, detalhou a situação. Segundo ele, o Foz notificou o Imortal de que negociou parte dos seus direitos a terceiros, permanecendo com 20%. Após receber do Porto, o clube gaúcho encaminhou os repasses conforme acordado. Somente após isso é que os paranaenses enviaram uma notificação solicitando o pagamento direto dos 30%.
“Esse imbróglio só existe por ter sido causado pelo Foz. Que quer receber o valor em detrimento dos terceiros. O Grêmio não pode pagar ao Foz e depois ser cobrado pelos terceiros. Entendemos que cumprimos o que foi combinado. Para proteger os direitos do clube, optamos naquele momento em aguardar a demanda no CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas , da CBF) estabeleça para quem será pago”, explicou Amodeo. Segundo o ex-dirigente, o pagamento aos terceiros apontados pelo Foz estão ajustados e serão realizados ao longo deste ano.
