Dia do Orgulho LGBTQIA+: conheça a Coligay, torcida organizada do Grêmio
Em 28 de junho é celebrado o Dia do Orgulho LGBTQIA+. A data remete a 1969, quando policiais agiram com violência contra um grupo de 13 pessoas nos Estados Unidos. Esse movimento foi ganhando força nos anos seguintes, mas você sabe o que foi a Coligay?
Dia do Orgulho LGBTQIA+: conheça a Coligay, torcida organizada do Grêmio
Entre 1977 e 1983, época em que o preconceito era muito maior do que hoje, a Coligay tinha o seu espaço em jogos realizados no Estádio Olímpico Monumental. Os membros foram precursores, sendo que uma torcida composta por gays ainda não é comum nem em 2021.
A Coligay foi criada por Valmor Santos, gerente da boate Coliseu. Naquela época o clube estava em uma grande fase, incluindo títulos do Campeonato Gaúcho e o título do Mundial de Clubes. Essa foi a primeira torcida homossexual do país, um exemplo hoje é a Gaivotas da Fiel, formada por torcedores do Corinthians.
Coligay existiu durante a ditadura militar
Os membros da Coligay costumam treinar caratê, para que pudessem se defender em caso de agressões. Entretanto, somente um incidente homofóbico foi registrado durante toda a existência dessa torcida organizada do Grêmio.
Décadas depois do fim dessa torcida, o legado da Coligay segue vivo no tricolor. Na década de 2010 o museu do clube passou a exibir um painel em homenagem à torcida organizada. Além disso, a Grêmio Antifascista carregou por diversas vezes faixas com o nome do antigo grupo.
A homofobia no futebol segue existindo até hoje. Jogadores não se assumem gay, embora seja consenso que há homossexuais no esporte. Essa torcida organizada enfrentou uma era com muito mais preconceito e repressão, ainda assim, conseguiram passar sua mensagem e torcer pelo Grêmio.
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Imagem: Wikipédia