Jornalista vê implicância com Roger Machado por motivos além do futebol
Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Roger Machado vem guiando o Grêmio rumo a Série A do Camponato Brasileiro de 2023. Em quarto lugar, com 29 pontos, três pontos na frente do atual quinto colocado, o Sport, o Tricolor Gaúcho tenta abrir uma folga para os outros adversários, para não sofrer ameaças e se preocupar apenas em melhorar sua posição dentro do G4 da competição.
O Grêmio atravessa uma boa fase de 11 jogos de invencibilidade, com quatro vitórias e sete empates no período. Contudo, tirando a última vitória de 2 a 0 contra o Náutico, as atuações da equipe comandada por Roger Machado tem oscilado, com dificuldades de criação de chances no setor ofensivo.
Críticas além do futebol
Contudo, para o jornalista Filipe Gamba, do Grupo RBS, as críticas que o técnico recebe transcendem o ambiente do futebol e a fase do Grêmio. Roger Machado é conhecido também por sua atuação fora das quatro linhas como um defensor das minorias, com posições políticas claras e aproveitando de sua posição de destaque para ter voz ativa nesses assuntos.
“Roger defende os valores democráticos, as minorias e a diversidade e é atacado por isso. Quando esteve em Ponta Grossa – na vitória do Grêmio sobre o Operário-PR – passou pelo constrangimento de ouvir insultos à sua família. Fez o certo, reagiu. E foi atacado por isso. Por estar há mais de três décadas no futebol, Roger sabe que o combate ao preconceito precisa estar acompanhado de posicionamentos fortes. Principalmente por quem ocupa cargos de visibilidade”, publicou Gamba em sua coluna em GZH.
Por estar combatendo algo que sempre esteve presente na sociedade brasileira e que reflete também no futebol, Roger Machado é sempre visado por mais de um motivo em seus trabalhos por carregar essas bandeiras. O debate que o técnico gremista propõe são de extrema importância para crescimento como um todo do cidadão, mas nem sempre o ambiente ainda arcaico do futebol vai abrir espaço e aceitar que uma das figuras centrais de um grande clube possa expor essas feridas estruturais do Brasil.
