O Grêmio foi derrotado no  Gre-Nal 435  com um gol de David na semana passada, mas as circunstâncias que levaram à remarcação em 26 de fevereiro ainda estão fazendo com que as autoridades se mobilizem.

Ana Luiza Caruso, da 2ª Delegacia de Polícia da Capital, recebeu o laudo com 73 páginas do Instituto Geral de Perícias (IGP) nesta quinta-feira (15), auxiliando na identificação do suspeito do ataque ao ônibus do Grêmio. O trabalho foi resultado de mais de 40 horas de análise de vídeos dos eventos que chegou ao Beira-Rio.

O trabalho da perícia no ataque ao ônibus do Grêmio

A polícia recebeu vídeos capturados por câmeras de segurança do Inter e EPTC, além de imagens tiradas de dentro do ônibus, horas após o violento ataque que forçou o adiamento do Gre-Nal. Como resultado, a Polícia Civil identificou seis pessoas como responsáveis por disparar seis objetos contra o veículo, sendo quatro deles suspeitos de serem os responsáveis pelo seixo que atingiu Villasanti.

— A gente avaliou todas as imagens. Pegamos as pessoas (que atiraram objetos) e, nos momentos subsequentes, os movimentos deles até a entrada do Beira-Rio. Dificultou que ele (o jovem que veio a ser identificado) não entrou no estádio. Ele tinha uma tatuagem no pescoço que era muito característica. A partir daí, encontramos o ônibus e ali tinha a identificação — contou a delegada Ana Luiza.

Com quatro suspeitos,  o IGP foi conseguiu  identificar quem exatamente havia sido o responsável por atirar a pedra que acertou Villasanti. O trabalho foi conduzido pelos peritos  Luciano Beux e Jonathan Bonatto, da Seção de Áudio e Imagem do Departamento de Criminalística do IGP. Eles receberam os vídeos em 7 de março e contaram no processo com uso de software para identificar todo o trajeto da pedra e o responsável por atirá-la.

— Recebemos na segunda, dia 7, e na quarta emitimos a nota técnica. Estávamos fazendo as análises e chegamos a uma parte dos exames que já vínhamos quem havia atirado e emitimos a nota técnica para auxiliar a delegada antes do Gre-Nal — contou Beux.

A nota técnica foi um elemento determinante para que a Polícia Civil pudesse realizar a prisão do jovem de 20 anos, morador de Tramandaí, no Litoral Norte, na última quinta-feira. O rapaz, que não teve o nome divulgado em função da Lei de Abuso de Autoridade, ficou detido no presídio de Sapucaia do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, até que teve na noite de domingo (13) o pedido de habeas corpus acolhido e foi liberado.

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Imagem: Divulgação