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Entenda por que jogadores protestaram contra o governo na Copa do Brasil

Não foi só pelos resultados em campo que ficou marcada as oitavas de final da Copa do Brasil. Nesta rodada da competição, aconteceu um protesto de jogadores logo após o apito inicial. Fazendo o gesto da mão na boca por cerca de 30 segundos, os atletas reivindicam vetos em dois parágrafos da Lei Geral do Esporte, recém aprovada pelo Senado Federal e que atualmente aguarda sanção presidencial.

O primeiro protesto ocorreu nas partidas das 19h, entre Fortaleza x Palmeiras e Bahia x Santos. Na sequencia, os jogadores em Cruzeiro x Grêmio, Internacional x América-MG, Corinthians x Atlético-MG e Botafogo x Athletico-PR se pronunciaram. O mesmo aconteceu na última quinta-feira (1º), em Flamengo x Fluminense e São Paulo x Sport. Ou seja, os jogadores do Tricolor Gaúcho também participaram do protesto.

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Copa do Brasil: entenda o motivo do protestos de jogadores

Em uma nota oficial, a União dos Atletas de Futebol Séries ABCD alega que o protesto foi realizado para que sejam vetados os parágrafos 5º e 11 do artigo 86 do projeto. Os atletas consideram que os dois são um retrocesso aos direitos trabalhistas conquistados por eles.

“O protesto dos jogadores de futebol é compreensível, pois a Lei Geral do Esporte cria uma figura teratológica nas relações de trabalho, pois quando um empregado é despedido, o empregador tem obrigações a cumprir com o empregado por conta de seu ato arbitrário. A LGE traz algo inusitado, e o § 5º, do art. 86 realmente é de se causar espanto, já que por ele o clube que despede terá de pagar os salários deste que for despedido, até ele encontrar novo emprego; encontrando-o, e o salário for menor do que o valor mensal a ser pago pelo novo empregador em relação ao que o clube anterior teria de pagar, arcará este com a diferença. Não conheço nada similar no Direito do Trabalho de outros”, alega o advogado trabalhista Domingos Zainaghi.

Fabíola Thiele

Repórter, comentarista, redatora e gremista.

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