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Renato Portaluppi e Grêmio: uma relação que causa admiração e inveja no futebol brasileiro

Não existe outra história semelhante no Brasil. Arrisco, talvez no mundo atual. Renato e Grêmio, e vice-versa, de jogador a treinador. Uma relação passional, extrema, peculiar. Como atacante, deu a primeira Libertadores da América ao Tricolor. E o único Mundial de Clubes do Clube de Todos. Não é FIFA, mas a FIFA aceita, valida, apenas os colorados não.

Logo eles que não têm Brasileirão CBF, apenas Taça Brasil CBD – mas é Brasileirão, dizem. Como o ‘Toyotão’, sem a FIFA, era Mundial. O futebol não surgiu para todos nos anos 2000.

Renato até trouxe – ou ela mesma ‘se trouxe’ – a filha, antes mais preservada, como atração para os gremistas. Carol Portaluppi faz propaganda do hotel do Imortal, o primeiro de um clube no Brasil. Vai aos jogos, é considerada amuleto, grava vídeos ‘zoando’ o pai, que tem uma estátua comemorando um dos dois gols do Mundial de 1983 contra o Hamburgo. Base da Seleção da Alemanha à época.

E, como o pai, Carol é amada por uns e odiada por outros. Tudo no Grêmio é extremo. Por isso, foi eleita a torcida mais fanática do Brasil. Eu não sei se não é a mais fanática do mundo. Não sei.

Renato e Grêmio: uma história de amor real

Eles já brigaram várias vezes, ele fez as malas, voltou, fez outra vez, voltou, foi ovacionado, chutado, e até hoje divide opiniões na torcida gremista. Entre jornalistas de todo o país. Eles quase têm medo de Renato Portaluppi, o ‘terror’ de Renata Fan e o ‘parça’ do ex-craque Denilson nos desastres do Inter. Renata até que se afeiçoou a seu algoz, e vice-versa.

Renatão, onde está, não passa despercebido. Não quando tem o Grêmio envolvido. “Entre tapas e beijos”, é a maior ‘resenha’ da história do Tricolor, talvez de um clube de futebol. Seu sarcasmo, sua ausência de papas na língua (gostamos!), suas brincadeiras, seus ‘xingões’ e ameaças aos repórteres que supostamente o perseguem ao vivo.

Graças a Deus, Renato é do Grêmio. Pode ter jogado no Flamengo, Flu, treinado outros clubes, mas aqui sempre vai ser a sua casa. Muitos o desmerecem. Porque o invejam. Outros se divertem ou o respeitam, porque o admiram. “Reverência, reverência, reverência”, como diria Farid Germano Filho. E muitas emoções.

Leila Krüger

Jornalista, escritora, Mestre em Comunicação Social PUCRS. Cinco livros publicados. Gaúcha e gremista.

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